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Moçambique: descargas atmosféricas matam seis pessoas da mesma família

Moçambique: descargas atmosféricas matam seis pessoas da mesma família
Bogie Calupitan/ AP/ Arquivo

A casa da família, de construção precária, incendiou-se depois de ser atingida por um raio no distrito de Gôndola, no centro do país.

Seis pessoas da mesma família morreram e outras seis ficaram feridas após serem atingidas por descargas atmosféricas no sábado, em Manica, no centro de Moçambique, disse hoje à Lusa fonte oficial.


A casa da família, de construção precária, incendiou-se após ser atingida por um raio no distrito de Gôndola, disse Borges Viagem, delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) em Manica.


"A família refugiou-se na casa devido à chuva", referiu o delegado, acrescentando que a residência era feita de adobe e palha, elementos típicos de construção no meio rural moçambicano.


Com as vítimas de Gôndola, sobe para 12 o número de óbitos na atual época chuvosa em Manica, todos causados por descargas atmosféricas.


Segundo o INGD, cerca de 2,2 milhões de pessoas poderão ser afetadas pela época das chuvas 2022/2023.


Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre abril e outubro.


Na época chuvosa 2020/2021, o país foi assolado por eventos climatéricos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.


O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.