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Lula da Silva quer quebrar sigilos impostos por Bolsonaro

Correspondente SIC

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Na primeira reunião com os 37 ministros, o Presidente reforçou a importância de um bom relacionamento com o legislativo.

O novo Governo brasileiro quer a quebra de sigilos impostos pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro. Lula da Silva encerrou a primeira semana de Governo com uma reunião ministerial.

Foi a primeira reunião com a equipa de 37 ministros, representantes de nove partidos, que compõem a frente ampla que ajudou Lula a ganhar a corrida eleitoral. O Presidente reforçou a importância de um bom relacionamento com o legislativo, deu um recado claro sobre a prioridade em garantir a governabilidade nos próximos quatro anos junto ao novo congresso, de perfil conservador.

A reunião contou também para fazer ajustes junto à nova equipa, depois de uma primeira semana já com algumas repercussões negativas. Nomeadamente devido às declarações do ministro da Defesa, que considerou democráticas manifestações da direta radical que contesta o resultado das eleições a frente de quartéis.

Também o ministro da Previdência causou instabilidade no mercado financeiro ao defender uma revisão do sistema de reformas, assim como as revelações de que a nova ministra do Turismo teve sua candidatura ao Congresso apoiada por um miliciano acusado de homicídio.

Entre os primeiros atos do novo Governo na última semana, destaca-se o pedido junto a Controladoria Geral da União para quebrar de sigilo de 100 anos, decretado por Bolsonaro, sobre documentos que envolvem investigações importantes – como a gestão da pandemia pelo último Governo.

De acordo com integrantes que participaram do Governo de transição, também estão em sigilo documentos sobre o assassinato da ex-parlamentar do Rio de Janeiro Marielle Franco e telegramas do ministério das Relações Exteriores sobre o crime que aconteceu em 2018. Os assassinos já foram presos mas até hoje não se sabe quem foram os mandantes.

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