A investigação sobre David Carrick, o agente da Polícia Metropolitana de Londres que admitiu ser um violador em série, concluiu que o indivíduo intimidava e humilhava as vítimas.
O homem, de 48 anos, estava suspenso desde 2021, quando foi detido. Esta terça-feira foi formalmente demitido da unidade de Proteção Diplomática e Parlamentar.
O ex-agente confessou a autoria de 49 crimes sexuais, dos quais 24 foram violações. Ao longo de 17 anos, David Carrick abusou sexualmente de 12 mulheres, nove foram violadas.
A investigação concluiu que fechava as mulheres em armários, obrigava-as a limpar a casa despidas, era ele quem decidia quando podiam comer e dormir, insultava-as e isolava-as da família e amigos e chegou a urinar em cima de algumas.
O ex-militar e ex-polícia conhecia as vítimas através de aplicações para telemóvel e usava a profissão para a sua conquistar a confiança.
Este caso trouxe à memória a morte de Sarah Everard, em 2021. A mulher, de 33 anos, foi raptada, violada e assassinada por um outro agente da unidade de Proteção Diplomática e Parlamentar. Wayne Couzens foi condenado a prisão perpétua.
A sentença de David Carrick começa a ser lida a 6 de fevereiro.