As forças israelitas mataram esta quinta-feira pelo menos nove palestinianos e fizeram um numero não determinado de feridos num campo de refugiados na Cisjordânia.

É o incidente mais grave dos últimos anos nos territórios, mas o governo Israelita diz que os soldados foram recebidos a tiros e que apenas se defenderam.

Entre as vítimas mortais, está uma mulher de 60 anos e alguns rapazes, que se encontravam no meio das rusgas num campo de refugiados na Cisjordânia.

Há muitos feridos, alguns em estado grave, e as autoridades palestinianas já avisaram que o balanço de vítimas mortais pode vir a aumentar nas próximas horas.

A violência começou com uma rusga, logo às primeiras horas da manhã, no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia.

Segundo Jerusalém, o campo é uma base de recrutamento para as milícias palestinianas e tem sido alvo de vários raides militares durante os últimos meses.

O presidente da autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, já condenou a violência e decretou 3 dias de luto na região.

Um porta voz do governo de Ramalah disse que os militares israelitas impediram as equipas médicas de prestarem assistência, imediata, aos feridos e que dispararam gás lacrimogéneo que atingiu o hospital do campo de refugiados.

Israel nega estas acusações.

O conflito israelo-palestiniano

A violência tem vindo a crescer com quase 30 palestinianos mortos desde o início de janeiro, e mais de 150 em 2022, o pior dos últimos 19 anos.

A tomada de posse do novo governo, de Benjamin Netanyahu, apoiado por ultranacionalistas de direita e ultraortodoxos, que já garantiram quererem voltar a expandir os colonatos judaicos em territórios ocupados, não vai, seguramente, ajudar a acalmar a situação no médio oriente.

O estado israelita ocupou a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e o leste de Jerusalém em 1967, depois da guerra que ficou conhecida como a guerra dos 6 dias.

O país nunca obedeceu à resolução 242 das Nações Unidas, que tem mais de 55 anos e que determina a retirada de todos os territórios ocupados.

Nove mortos e vários feridos em campo de refugiados na Cisjordânia