No dia 20 de março de 2003 caíam sobre o Iraque as primeiras bombas lançadas pela coligação liderada pelos Estados Unidos, uma resposta aos atentados de Nova Iorque que muitos viram como injusta e precipitada. George W. Bush, prometia uma rápida capitulação do regime de Sadam Hussein, mas a previsão falhou.
As equipas que trabalham para encontrar e desativar os engenhos explosivos que continuam a matar e a mutilar a população iraquiana estimam que haja ainda milhares de bombas e de minas por explodir neste vasto território.
A invasão dividiu os aliados ocidentais. Apesar da oposição de países como a Alemanha, a França e o Canadá, a intervenção militar foi justificada pelas alegadas provas de que o regime liderado por Sadam Hussein tinha armas de destruição em massa.
Vinte anos depois da queda do ditador iraquiano, que seria julgado e condenado à morte por enforcamento, é unânime que as armas de destruição em massa nunca existiram.
A queda do ditador representou também a saída do poder da minoria sunita que governara o país nas últimas décadas e o início turbulento da frágil democracia iraquiana.
A luta sectária que transformou o Iraque no país mais violento do mundo ajudaria a formar fileiras de militantes do Daesh, o grupo radical islâmico que em 2014 conquistaria uma parte de território iraquiano e sírio, três anos depois dos últimos soldados dos Estados Unidos terem deixado o Iraque.