Pelo menos seis pessoas morreram na madrugada de terça-feira (noite de segunda-feira, no horário de Lisboa) num incêndio num albergue em Wellington, na Nova Zelândia.
De acordo com as autoridades, para além dos seis mortos, cinco pessoas ficaram feridas, duas das quais com gravidade.
De acordo com a Reuters, o incêndio terá começado num dos quartos do último piso do albergue.
"É uma verdadeira tragédia", reconheceu o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins.
Os serviços de emergência estimam que 94 pessoas estavam no albergue Loafers Lodge quando deflagrou o incêndio, por volta da meia-noite (11:00 de segunda-feira em Lisboa).
Cerca de dez residentes continuam desaparecidos, enquanto 52 foram resgatados, alguns dos quais depois de fugirem para o telhado do prédio de quatro andares, de onde foram salvos por bombeiros.
"Eles retiraram várias pessoas do telhado, de uma área que estava diretamente acima das chamas", disse o vice-comandante do Serviço Nacional de Bombeiros e Resgate, Brendan Nally, à Radio New Zealand.
Não havia aspersores no albergue, que tinha 92 quartos, e o alarme de incêndio não disparou automaticamente, lamentou Nally.
“Um incêndio como este só acontece uma vez a cada 10 anos em Wellington”
Seis pessoas foram levadas para o hospital e outras 15 foram tratadas no local, de acordo com os Serviços de Emergência de Wellington.
"Um incêndio como este só acontece uma vez a cada 10 anos em Wellington. É o pior pesadelo para nós", disse o coordenador dos serviços de emergência, Nick Pyatt.
A autarca de Wellington disse que o albergue acolhe residentes de longo e curto prazo. Segundo Tory Whanau, alguns são pessoas vulneráveis, que vivem com baixos rendimentos ou estão de forma "transitória" na Nova Zelândia, país que vive uma crise imobiliária.
O primeiro-ministro prometeu uma "análise minuciosa" do desastre.
"Teremos oportunidade de verificar se este edifício cumpria todas as regras que tinha de respeitar. Mas é óbvio que neste momento o foco é o apoio aos nossos bombeiros", disse Chris Hipkins.
A causa do incêndio permanece de momento "sem explicação", indicou a polícia que anunciou a abertura de uma investigação conjunta com os bombeiros.
[Última atualização às 06:31 de 16/05/2023]