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Professor universitário bate recorde ao viver 74 dias debaixo de água

Professor universitário bate recorde ao viver 74 dias debaixo de água
FRAZIER NIVENS/FLORIDA KEYS NEWS

Joseph Dituri investiga os efeitos que a exposição a pressão extrema, a longo prazo, tem no corpo humano, num projeto da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos. O objetivo é permanecer 100 dias submerso, meta que atinge a 9 de junho.

O recorde do maior número de dias a viver debaixo de água sem um sistema de despressurização foi batido no sábado por um professor da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, mas o relógio ainda está a contar.

É que o objetivo do investigador Joseph Dituri tinha pouco ou nada que ver com quebrar recordes - que conseguiu, ao passar 74 dias numa estação subaquática a nove metros de profundidade -, mas tudo que ver com quebrar limites do corpo humano.

O cientista, que se encontra a estudar os efeitos da exposição a longo prazo a ambientes com pressão extrema, quer atingir os 100 dias debaixo de água, que se completam a 9 de junho.

“O recorde foi um pequeno solavanco e nós adorámo-lo, sinto-me honrado por tê-lo, mas ainda há mais ciência a fazer. A ciência não fica por aqui", sublinhou o investigador da Universidade do Sul da Flórida.

Joseph Dituri encontra-se na estação Jules Undersea Lodge, uma espécie de pequeno hotel que, ao contrário dos submarinos, não tem um sistema de controlo da pressão subaquática.

'Dr. Mar Profundo' continua a dar aulas debaixo de água

O professor, que é conhecido pela alcunha de ‘Dr. Deep Sea’ (‘Dr. Mar Profundo’), encontra-se debaixo de água desde 1 de março, mas continua a cumprir com as obrigações que deixou à superfície.

Joseph Dituri, que pertenceu à Marinha norte-americana durante 28 anos, continua a lecionar aulas de engenharia biomédica através da internet.

O estudo analisa não só o estado de saúde físico do investigador, de 55 anos, mas também a sua saúde mental, devido ao longo período de isolamento e confinamento a que está sujeito, tal como aconteceu com a alpinista espanhola que passou 500 dias numa gruta a 70 metros de profundidade.

“Aquilo de que tenho mais saudades sobre estar à superfície é, literalmente, do sol”, confessou aos jornalistas, assumindo que o seu objetivo “é inspirar as próximas gerações”.

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