Já há resultados do primeiro leilão de compras conjuntas de gás. A plataforma europeia vai permitir a compra de 10,9 mil milhões de metros cúbicos, ligeiramente aquém do total da procura.
A oferta até era maior que a procura, mas no final do primeiro leilão de compras conjuntas de gás alguns pedidos ficaram por satisfazer.
Em números, havia o interesse para um total de 11,6 mil milhões de metros cúbicos. O volume final ficou nos 10,9 mil milhões, o equivalente ao dobro do consumo anual de gás em Portugal. Mesmo sem fazer o pleno, a Comissão acredita no sucesso da experiência.
"Trata-se de um êxito notável. Demonstra que fizemos bem em reunir a nossa procura, em utilizar o poder de atracção colectivo da Europa e em trabalhar em conjunto para encher as nossas reservas de gás para o próximo Inverno", disse Maros Sefcovic.
A maioria do leilão diz respeito a fornecimento por gasoduto. O gás natural liquefeito representa cerca de 20%, o que mais interessa a Portugal. No entanto, a Comissão não confirma se houve pedidos de empresas portuguesas, nem se foram satisfeitos, tal como não revela os preços das transações numa altura em que o preço do gás estás a descer.
"As negociações agora vão ser feitas fora da plataforma, diretamente entre os compradores e os fornecedores e, portanto, não comentamos os preços", explicou Sefkovic.
Tal como nas vacinas, a Comissão só agrega os pedidos e faz o casamento entre oferta e procura. O próximo leilão deverá ser em junho.