Muitas são as vítimas dos confrontos. As crianças não são exceção. Os bombardeamentos já criaram um problema grave de saúde mental entre os mais novos. Bisaan al Mansi, de 10 anos, diz que sente medo quando ouve portas a bater.
Esta criança, assim como outras milhares, viveu uma experiência traumática, que transformou os dias e sobretudo as noites.
“Desde à guerra, tenho medo de ir à loja, de ir à escola, de andar com os meus amigos, de brincar sozinha. Mesmo que alguém esteja comigo, tenho medo que uma guerra aconteça de novo”.
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Projeto ajuda crianças e famílias
Um projeto de apoio psicológico levado a cabo na região está a tentar transformar edifícios destruídos pela guerra em cenários onde é possível brincar.
Atendem crianças de qualquer idade e também as famílias afetadas pelo confronto.
O psicólogo Muhammed Khatib explica que “apareceram alguns problemas comportamentais nas crianças, incluindo grande medo e pânico durante o sono, noite ou quando ouvem algum barulho, que associam ao som dos bombardeamentos”.
Metade da população vive abaixo da linha da pobreza
As autoridades palestinianas dizem que em cinco dias de bombardeamentos dual mil casas ficaram total ou parcialmente destruídas na Faixa de Gaza.
Neste território vivem 2 milhões de pessoas, confinadas entre Israel e o Egipto, sem a possibilidade de circular livremente para lá de qualquer uma destas fronteiras.
É uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, onde perto de metade da população vive abaixo da linha de pobreza e 40 por cento tem menos de 14 anos