A Alemanha entra esta quinta-feira na segunda fase do plano de emergência de gás. Composto por três fases, o plano permite perceber se há risco deste recurso faltar a longo prazo e também travar uma escalada de preços por parte das concessionárias. À semelhança da Alemanha, outros países da União Europeia também tomaram medidas para racionar gás devido ao corte do fornecimento da Rússia.
O Governo alemão anunciou no final da semana passada que vai adotar medidas de urgência para garantir a segurança do abastecimento face à redução nas entregas de gás russo, nomeadamente reforçando a utilização das centrais a carvão para produção de eletricidade.
“Para reduzir o consumo de gás, tem de ser menos utilizado para a produção de eletricidade. Em alternativa, as centrais a carvão terão de ser mais usadas”, afirmou o Ministério da Economia em comunicado.
As exportações de gás russo em direção à Europa estão em baixa constante desde o início das sanções contra a Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia. A Gazprom interrompeu as suas entregas de gás a diversos clientes europeus que recusaram pagar em rublos.
Cerca de metade das empresas estrangeiras que concluíram um contrato de fornecimento de gás com a Gazprom abriram uma conta em rublos junto do Gazprombank para garantir os seus pagamentos, assegurou em meados de maio o vice-primeiro-ministro russo Alexandre Novak, citado pela agência noticiosa Ria-Novosti.
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