Os primeiros aviões que transportam ajuda de emergência para Tonga já vão poder aterrar, depois de esta quarta-feira terem sido limpas as cinzas da principal pista de aterragem do país, quatro dias após uma erupção vulcânica e um tsunami.
“A pista principal [ilha de Tongatapu], que ficou enterrada por cinzas vulcânicas entre cinco e 10 centímetros, está novamente operacional”, disse à agência de notícias AFP Jonathan Veitch, responsável por coordenar as operações das Nações Unidas.
Está “limpo, mas ainda não foi usado”, adiantou, acrescentando que os primeiros voos da Austrália e da Nova Zelândia podem aterrar na quinta-feira.
Três pessoas morreram e outras ficaram feridas quando o vulcão submarino Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai entrou em erupção em 15 de janeiro, provocando um tsunami que causou inundações e destruiu habitações.
O governo de Tonga considerou ser um desastre “sem precedentes”, dizendo que as ondas de até 15 metros de altura destruíram todas as casas em algumas ilhas do arquipélago.
Mais de 100 mil pessoas, o equivalente à população de Tonga, foram afetadas pelo duplo evento natural.
De acordo com as estimativas iniciais, há uma necessidade urgente de água potável.
A erupção vulcânica, ouvida até no Alasca (Estados Unidos), localizado a mais de 9.000 quilómetros de distância, foi a maior registada em década – um enorme cogumelo de fumo de 30 quilómetros de altura dispersou cinzas, gás e chuva ácida nas 170 ilhas do arquipélago na Oceânia.
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