O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou esta quinta-feira que vai expulsar cinco diplomatas portugueses, numa medida que o Governo português já repudiou.
O comentador da SIC José Milhazes considera que a Rússia “não cumpriu completamente as ameaças que tem vindo a fazer”, uma vez que esta não foi uma resposta simétrica.
No passado dia 5 de abril, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português declarou dez funcionários russos como persona non grata e informou o embaixador russo em Portugal que estes funcionários tinham duas semanas para abandonar o território nacional.
Na SIC Notícias, Milhazes afirma que, se fosse simétrica, o Kremlin teria expulsado 10 diplomatas portugueses e, em Moscovo, ficaria apenas a embaixadora. Neste caso, a embaixada seria fechada.
Questionado sobre o possível motivo, diz que uma das razões pode ser a possibilidade de a Rússia não querer que a embaixada portuguesa e de outros países europeus encerrem as portas, em Moscovo.
“Isso seria um sinal muito negativo e, além disso, Portugal ainda podia responder, fazendo o mesmo com os numerosos funcionários e diplomatas que trabalham da representação russa em Lisboa”, afirma.
O comentador da SIC considera que a resposta de Moscovo foi uma “decisão sensata para das duas partes”.
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