A Rússia proibiu para sempre a entrada no país de 963 cidadãos norte-americanos – uma lista que inclui o ator Morgan Freeman, o Presidente dos EUA Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris, entre outros.
No sábado 21 de maio, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo divulgou uma lista de 963 cidadãos norte-americanos que estão impedidos de entrar na Rússia na sequência do apoio do seu país às “sanções anti-russas”, numa altura em que se completam três meses da invasão da Ucrânia pela Rússia.
A “lista de indesejados” inclui o Presidente dos EUA Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris, jornalistas, políticos – alguns que já faleceram -, o ator Morgan Freeman e o ator e cineasta Rob Reiner.
“No contexto da resposta às sanções anti-russas constantemente impostas pelos Estados Unidos e na sequência das solicitações recebidas sobre a composição da nossa ‘lista proibida’, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia publica uma lista de cidadãos norte-americanos que estão permanentemente proibidos de entrar na Federação Russa”, diz o Ministério russo em comunicado.
A razão para impedir a entrada do vencedor de um Óscar Morgan Freeman, de 84 anos, – descrito como um “ator conhecido” na Rússia – remonta a setembro de 2017, quando o ator “gravou uma mensagem em vídeo acusando a Rússia de conspirar contra os Estados Unidos e apelando à luta contra o nosso país”.
Freeman narrou um anúncio para o Comité de Investigação à Rússia, grupo criado para chamar a atenção sobre a interferência de Moscovo nas presidenciais dos EUA de 2016 em que Hillary Clinton perdeu para Donald Trump.
No vídeo, Freeman diz:
“Fomos atacados. Estamos em guerra. Imagine este guião de filme: um ex-espião da KGB, zangado com o colapso do seu país, elabora uma vingança. Aproveitando o caos, ele sobe na hierarquia de uma Rússia pós-soviética e torna-se Presidente. Estabelece um regime autoritário e depois visa o seu inimigo: os Estados Unidos.”
Entre os outros cidadão banidos da Rússia estão: o realizador Rob Reiner – por ser “um dos criadores do site do Comité de Investigação à Rússia Investigate Russia, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, o senador do Texas Ted Cruz, a representante democrata Alexandria Ocasia-Cortez, o filho do Presidente dos EUA, Hunter Biden, o dono da Meta Mark Zuckerberg, George Stephanopoulous da ABC News e vários outros nomes. Há ainda senadores dos EUA que já morreram, como John McCain, Harry M. Reid e Orrin G. Hatch.
No mesmo comunicado, o Ministério russo diz estar “aberto ao diálogo honesto e mutuamente respeitoso, separando o povo americano que sempre é sempre respeitado por nós, das autoridades americanas que incitam a russofobia e daqueles que os servem”.
ACOMPANHE AQUI OS ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS DA GUERRA
ESPECIAL CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
SAIBA MAIS
- Guerra na Ucrânia: “Falar de conversações neste momento acho que é demagogia e propaganda”
- SIC na Ucrânia: “As pessoas são levadas, arrombam as portas, torturam”
- “É impossível libertar a Bielorrússia sem expulsar da Ucrânia as tropas fascistas de Putin”
- Guerra na Ucrânia: “exterminador” russo a caminho do Donbass para combates urbanos
- Presidente da Polónia discursa no Parlamento ucraniano: “Só a Ucrânia pode decidir o futuro”