O Ministério da Defesa russo anunciou esta sexta-feira a “libertação total” no complexo de Azovstal, em Mariupol e posteriormente, Zelensky veio confirmar a rendição de todos os defensores do complexo. Seguem-se conversações para a troca de prisioneiros de guerra, mas o processo será “longo”, entende José Milhazes. Mesmo assim, “o maior problema será” a troca dos membros do batalhão Azov.
O comentador da SIC, Nuno Rogeiro, aponta que a Rússia diz que os comandantes da Azovstal terão sido levado em veículos blindados para “escapar à fúria popular” em Mariupol.
“Os russos já estão a utilizar isto como propaganda” para ilustrar que os “ucranianos estão a ceder”, nesta que é a “primeira vitória séria” da Rússia desde o início da guerra, acrescenta José Milhazes.
“Não estranhava se Putin amanhã anunciasse um fogo-de-artifício para comemorar a tomada de Mariupol, tal como se fazia nas grandes batalhas da II Guerra Mundial”, considera José Milhazes. “Não sei qual vai ser a vitória em tomar uma cidade completamente arrasada”.
Nuno Rogeiro avança que há vários países ocidentais a tentarem mediar a troca de prisioneiros de guerra, nomeadamente, a Suíça, Israel e Turquia, para que os soldados ucranianos sejam imediatamente entregues à Ucrânia.
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