O chanceler alemão, Olaf Scholz, apelou esta quarta-feira para um Plano Marshall para a Ucrânia, como o da Europa no pós-guerra, justificando que a reconstrução do país custará milhares de milhões de euros e durará “várias gerações”.
“Tal como a Europa, que foi devastada pela Segunda Guerra Mundial, a Ucrânia precisa agora de um Plano Marshall para a sua reconstrução”, disse Scholz aos deputados do parlamento alemão.
“Precisaremos de vários milhares de milhões de euros e de dólares suplementares, e isto durará anos”, alertou.
Scholz disse esperar uma frente unida no apoio a longo prazo à Ucrânia quando acolher a cimeira anual do G7 na Baviera, na próxima semana.
Scholz recordou a visita que fez na semana passada a Irpin, um subúrbio de Kiev onde ocorreram combates intensos entre as forças ucranianas e russas, e disse que o que viu lhe fez lembrar “imagens das cidades alemãs depois da Segunda Guerra Mundial”.
Patrocinado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall ajudou a reanimar as economias europeias após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Scholz disse que um plano de reconstrução da Ucrânia terá de envolver um trabalho conjunto dos países europeus, de outros países e de organizações internacional.
O líder alemão disse que convidou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a discutir tal plano com os líderes do G7 na segunda-feira, por videoconferência.
Além do financiamento, Scholz lembrou que será decisivo um acordo sobre o funcionamento de um Plano Marshall para a Ucrânia.
“Como o coordenamos internacionalmente, como decidimos juntos, no futuro, que investimentos fazem a Ucrânia avançar mais rapidamente no seu caminho europeu”, disse.
Scholz anunciou que, juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, convocará uma conferência de peritos de alto nível sobre a Ucrânia, sob a égide da presidência alemã do G7.
Saiba mais
- Primeiro-ministro polaco sugere usar dinheiro de oligarcas russos para reconstruir Ucrânia
- Moscovo anuncia planos para reconstruir regiões da Ucrânia que controla
- Zelensky afirma ter recebido promessas de ajuda financeira imediata e ao longo de vários anos para reconstruir a Ucrânia