A preocupação com os militares retirados de Azvostal, na noite de segunda-feira, é “cada vez maior”, diz José Milhazes, comentador da SIC.
“Em Moscovo são cada vez mais as vozes que se levantam contra a troca destes prisioneiros”, afirma Milhazes.
Cerca de 260 soldados feridos foram retirados do complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol. Destes, pelo menos 50 foram transportados para um centro médico na cidade ucraniana de Novoazovsk, controlada por russos. Os restantes soldados seguiram em direção a Yelenovka, na Rússia, através de um corredor humanitário.
A Procuradoria-Geral da Rússia pediu ao Supremo Tribunal do país para incluir o batalhão Azov nas organizações terroristas, explica José Milhazes, em análise na SIC Notícias. E “isto simplesmente impede que a Rússia troque os militares”.
A situação, afirma o comentador da SIC, é “muito preocupante porque poderá não acontecer um regresso destes militares ucranianos”.
Quanto à reação da Rússia à candidatura de adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, José Milhazes diz que é uma “forma de impotência”.
“As ameaças já não funcionam, ninguém presta atenção àquilo, os russo já banalizaram as ameaças com tudo, até com armas nucleares. E agora partem para uma de ‘afinal o alargamento da NATO não cria problemas à Rússia, poderá criar se forem instaladas armas nucleares nos novos países, mas por enquanto está tudo muito bem’. Então para que é que andaram a invadir a Ucrânia se isso conduz a um maior alargamento da NATO a leste?”, questiona Milhazes.
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