O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu esta sexta-feira ao chefe de Estado russo, Vladimir Putin, em contacto telefónico, um cessar-fogo na Ucrânia e rejeitou as acusações do Kremlin sobre o “nazismo” ucraniano.
“A afirmação de que os nazis dominam [na Ucrânia] é falsa“, afirmou Scholz através da rede social Twitter, informando que manteve esta sexta-feira um contacto telefónico com Vladimir Putin.
Drei Dinge aus meinem heutigen langen Telefonat mit #Putin: Es muss schnellstmöglich einen Waffenstillstand in der #Ukraine geben. Die Behauptung, dass dort Nazis herrschen, ist falsch. Und ich habe ihn auf die Verantwortung Russlands für die globale Lebensmittellage hingewiesen.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) May 13, 2022
Por outro lado de acordo com uma nota oficial do Governo de Berlim, o chanceler alemão recordou ao Presidente russo sobre a responsabilidade da Rússia no que diz respeito à produção e distribuição de alimentos a nível global “como consequência” da “guerra impulsionada pela Rússia”.
Segundo Berlim, no contacto estabelecido pelo telefone, Scholz falou com Putin sobre a necessidade de se alcançar “o quanto antes” um cessar-fogo recordando as consequências da guerra na Ucrânia, sobretudo na cidade portuária de Mariupol.
A mensagem de Scholz no Twitter e o comunicado posterior da chancelaria ocorreram após as primeiras informações sobre o contacto que os dois estabeleceram esta sexta-feira.
Fontes oficiais russas disseram que Putin e Scholz debateram “por iniciativa da Alemanha” a situação humanitária na Ucrânia, no quadro da “operação militar russa” no país.
O Presidente russo expressou, de acordo com as mesmas fontes, “a lógica e os principais objetivos da ‘operação militar especial’ no sentido da defesa das ‘repúblicas populares’ do Donbass [leste da Ucrânia]”, explicando também as “medidas tomadas para garantir a segurança da população civil” na região.
O contacto foi estabelecido na mesma altura em que decorre, na Alemanha, a reunião dos Estados que fazem parte do G7, com a participação dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia e da Moldova.
Com LUSA
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