O chefe das Forças Armadas da Finlândia garantiu esta quarta-feira que o país está pronto para lutar contra a Rússia, caso seja atacado.
O general Timo Kivinen, chefe das Forças Armadas finlandesas, afirmou esta quarta-feira que o país tem um alto nível de preparação militar desde a Segunda Guerra Mundial.
O país nórdico não só construiu um arsenal substancial como tem do seu lado um fator crucial: os finlandeses estariam motivados para lutar.
“A linha de defesa mais importante está entre as orelhas, como prova a guerra na Ucrânia neste momento”, disse Kivinen, referindo-se à motivação.
Nos anos 1940, a Finlândia travou duas guerras contra a União Soviética, país com o qual partilhou uma fronteira de 1.300 quilómetros. Como resultado, foram mortos cerca de 100 mil finlandeses e o país perdeu um décimo do território.
Apesar de se estar agora a candidatar à NATO, com o receio de que a Rússia pudesse invadir o país, a Finlândia estaria disposta a lutar, se fosse atacada, já que tem mantido um elevado nível de preparação militar desde a II Guerra Mundial.
“Desenvolvemos sistematicamente a nossa defesa militar precisamente para este tipo de guerra que está a ser travada, com uma utilização maciça do poder de fogo, forças armadas e forças aéreas”, disse Kivinen.
“A Ucrânia tem sido um país difícil de engolir e a Finlândia também seria”, garantiu.
A nação de 5,5 milhões tem uma força militar de cerca de 280 mil militares, com 870 mil indivíduos treinados como reservistas.
Numa sondagem realizada em maio pelo Ministério da Defesa, cerca de 82% dos inquiridos afirmaram que estariam dispostos a participar na defesa nacional, se a Finlândia fosse atacada.