Assinalam-se esta quinta-feira os 77 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, que marcou o fim do nazismo, regime que matou milhões de judeus, ciganos, homossexuais e deficientes. O secretário-geral da ONU deixa um alerta e Israel avisa para o aproveitamento da história pelos movimentos populistas.
Quase oito décadas depois, o maior desafio é garantir que a história não se repete e que os crimes do passado não possam voltar a ser cometidos.
Essa é a principal função do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que o mundo assinala hoje, dia 27 de janeiro.
Na Alemanha, o dia foi assinalado com a deposição de uma coroa de flores pelo Presidente da República e pelo chanceler Olaf Scholz, em Berlim, junto ao monumento em memória dos judeus assassinados na Europa.
Mas, para o Governo de Israel, este é, também, o momento crucial para combater a distorção dos factos e o aproveitamento da história por parte de movimentos populistas, que tentam associar o nazismo à defesa dos direitos daqueles que, por exemplo, se opõem às vacinas contra a covid-19.
No Reino Unido, o príncipe de Gales assinalou a data com a visita a uma exposição de retratos, que ele próprio mandou fazer, de sete homens e mulheres sobreviventes do Holocausto que vivem em Inglaterra.
Carlos encontrou-se com os artistas e com os retratados com quem conversou durante algumas horas e que lhe contaram os horrores que, juntamente com as famílias, viveram durante o regime nazi.
Também os presidentes das três principais instituições europeias alertaram para o que classificam como “uma escalada do antissemitismo” na Europa e a necessidade de o combater ativamente, por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Saiba mais
- Assembleia-Geral da ONU adota resolução contra negação do Holocausto
- Imagens de Yuri Dojc e Katya Krausova evocam destruição do Holocausto no Museu Berardo
- Diplomata polaco demitido após chamar a lei do Holocausto de “estúpida”
- Líderes das instituições da UE alertam para escalada do antissemitismo
- SIC conheceu Efraim Zuroff, o último caçador de nazis
- Robert F. Kennedy Jr. pede desculpa após usar Anne Frank em discurso anti-vacinas