A equipa de socorro já entrou no túnel escavado até ao poço onde um menino de cinco anos está preso, desde terça-feira, em Marrocos.
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À entrada do túnel estão a postos bombeiros e uma ambulância para socorrer Rayan, estando também de prontidão um helicóptero, que o transportará imediatamente para o hospital assim que for retirado do poço.
Esta é a fase mais delicada e arriscada da operação.
Os trabalhos chegaram a estar suspensos durante a tarde de sexta-feira devido ao risco de derrocada, tendo sido retomados ao final do dia e estão, agora, na reta final.
Há quatro dias que as autoridades estão a levar a cabo uma intensa e complexa operação de salvamento na região de Chefchaouen.
A hipótese inicial era a de alargar o poço de 45 centímetros por onde Rayan caiu. Acabou por revelar-se impraticável pelo enorme risco de provocar deslizamentos de terra.
Em alternativa, foi escavado um túnel paralelo ao poço e, de seguida, outro túnel, desta vez na horizontal, de forma a chegar ao menino.
Uma das maiores dificuldades da operação foi conseguir fornecer oxigénio e água à criança, o que foi feito através de tubos e garrafas, mas não há certezas de que Rayan conseguiu utilizar aqueles meios.
“Pai poderá estar a vivenciar alguma culpabilização”
O psicólogo Mauro Paulino explicou, em entrevista à SIC Notícias, que é muito importante que as emoções e expectativas dos pais da criança que caiu num poço em Marrocos estejam a ser trabalhadas. Afirma que, dado que o acidente terá acontecido com o pai presente, este pode mesmo estar a vivenciar “alguma culpabilização”.
Sobre a criança, reitera que é fundamental que esta seja acompanhada constantemente e que, desejavelmente, devem ser sempre os mesmos profissionais a fazer esse contacto, para haver familiaridade e se estabelecer uma relação de segurança.
“Dependendo do estado emocional dos pais, pode equacionar-se que transmitam uma mensagem à criança, o que trará ainda mais conforto”, afirma.
Em relação a esta comunicação com a criança, diz ainda que é preciso que seja simples, com frases curtas, já que está em causa uma criança de cinco anos, que ainda não tem a mesma perceção de tempo e espaço que um adulto.
Francisco Rocha, especialista em resgates, afirmou à SIC Notícias que a operação de resgate está agora na sua fase mais delicada e demorada e que as equipas terão que ter “todo o controlo” sobre a mesma de forma a não colocar todo o trabalho em risco.