Já são mais de mil as vítimas mortais do sismo de quarta-feira no Afeganistão. Há centenas de feridos, alguns em estado muito grave e um número desconhecido de desalojados. Os talibãs já prometeram ajuda às pessoas que ficaram sem casa, mas o governo de Cabul não tem capacidade financeira e a situação económica do país é catastrófica.
Abrem-se sepulturas o mais rapidamente possível, no Afeganistão, para os mais de mil mortos do sismo desta quarta feira.
Entre os escombros, tentam-se encontrar sobreviventes e resgatar o que sobrou da destruição que o terramoto provocou.
O primeiro-ministro anunciou uma ajuda de mil milhões de afeganis, pouco mais de dez milhões de euros para as vítimas do tremor de terra.
Mas o país não tem capacidade financeira, nem meios para fazer a reconstrução sozinho e o isolamento que os talibãs impuseram, desde que voltaram ao poder no verão passado, faz com que a ajuda internacional seja mais difícil de conseguir.
O governo já pediu apoio às Nações Unidas e ordenou o envio de alimentos, roupas e medicamentos para as regiões mais afetadas.
Mas, mais uma vez, as próprias agências governamentais estão com dificuldades para se organizarem e, sobretudo, para terem os bens necessários.
O Qatar e o Irão já enviaram aviões com ajuda humanitária.
Foi o terramoto mais mortífero das duas últimas décadas no Afeganistão, onde a maior parte da população vive abaixo do limiar da pobreza e onde, nos últimos meses, por causa da tomada do poder por parte dos talibãs, a situação se deteriorou ainda mais.
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