Na primeira semana da campanha, Francisco Louçã analisa a participação dos vários líderes partidários na corrida às Eleições Legislativas. Além disso, o comentador considera positiva a solução encontrada pelo Governo para as pessoas isoladas e infetadas com covid-19 possam votar.
“Tem que ser nas estruturas que estão organizadas, protegendo os membros das mesas de voto, e a recomendação que as pessoas que possam contaminar por estarem infetadas que estejam, de preferência, das 18:00 às 19:00 é muito razoável.
Quando a jornalista o lembrou que nas Presidênciais, os eleitores em isolamento não tiveram a possibilidade de votar, Francisco Louçã reconhece que soluções deste tipo “seria razoáveis”, mas afirma que “um erro não justifica o outro”. Além disso, lembra que atualmente há muito mais pessoas em isolamento devido à alta transmissão da variante Ómicron.
Sobre a campanha, Francisco Louça explica que a governabilidade é uma das principais questões, mas que “não há uma resposta”. Afirma que as respostas apresentadas pelos dois partidos mais votados – PS e PSD – não têm “qualquer credibilidade”.
“Sabemos que o PS não vai ter maioria absoluta e que a ideia de, mesmo com a Iniciativa Liberal e o CDS – se por ventura o CDS eleger algum deputado -, o PSD poderia chegar a maioria de Governo, parece-me deslocada”.
Francisco Louçã lança ainda críticas a António Costa, que afirma ter uma “campanha de punição, de ajuste de contas” com os partidos da esquerda.
“Quanto mais o PS atacar a esquerda tem um efeito de desgaste no Bloco [de Esquerda] e no PCP mas tem um efeito tremendo sobre o PS. E António Costa, porque quer esse ajuste de contas, não se está a dar conta”, acrescenta. “E o PSD também não tem uma alternativa, faz-se de morto. Porque percebeu que isso é que lhe dá vantagem.”