O PCP encerra este domingo, em Loures, o seu XXI congresso nacional, com a votação da resolução política e o anúncio da eleição do secretário-geral, cargo que vai continuar a ser ocupado por Jerónimo de Sousa, reeleito por maioria.
Apesar de o comité central se ter reunido no sábado, para eleger o secretário-geral e os órgãos executivos - secretariado e comissão política - o anúncio oficial dos resultados só foi feito na manhã deste domingo.
No sábado, o novo comité central, com 129 membros, foi eleito numa sessão fechada do congresso, no pavilhão Paz e Amizade, em Loures, Lisboa, com 98,5% dos votos. Dos 611 delegados, 603 votaram a favor, três contra e seis abstiveram-se.
Este congresso, envolto em polémica, criticado pelos partidos da direita, realizou-se em plena pandemia de covid-19 e em estado de emergência.
Até às vésperas do congresso, Jerónimo de Sousa admitiu continuar na liderança do PCP.
No discurso de abertura, na sexta-feira, Jerónimo avisou que o seu partido, tal como na legislatura passada em que participou num entendimento à esquerda com o PS, não foi "parte de uma alegada maioria" de suporte ao Governo, "mas sim força de oposição".
"Oposição a tudo o que contrarie ou faça retroceder os interesses e direitos dos trabalhadores e do povo, e força indispensável para com a sua iniciativa se avançar na conquista de novos direitos", disse.
O congresso é encerrado pelo secretário-geral do partido e está previsto terminar às 12:30.
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