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Professor Adriano Moreira condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Camões

Professor Adriano Moreira condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Camões

Este ano, recorde-se, Adriano Moreira completa 100 anos.

O Presidente Marcelo informa, numa curta nota publicada esta terça-feira no site da Presidência da República, que condecorou o Professor Doutor Adriano Moreira.

“O Presidente da República condecorou o Professor Doutor Adriano Moreira com a Grã-Cruz da Ordem de Camões”, lê-se na nota.

Nascido a 6 de setembro de 1922 em Grijó, Macedo de Cavaleiros, Adriano Moreira licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e doutorou-se pela Universidad Complutense de Madrid e pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).

Foi ministro do Ultramar de 1961 a 1963, no Estado Novo de Oliveira Salazar, que o chamou, segundo o próprio Adriano Moreira, para “pôr em prática” aquilo que ensinava nas suas aulas, ou seja, um conjunto de reformas para os então territórios ultramarinos quando estalaram as primeiras revoltas em Angola contra a colonização portuguesa.

À frente do Ministério do Ultramar fez uma série de reformas, sendo a mais simbólica a revogação do Estatuto do Indigenato. Saiu do Governo em 1963, quando Salazar lhe pediu para mudar uma política que ameaçava a sua permanência à frente do Executivo.

Passou depois pela presidência da Sociedade de Geografia, onde ficou até 1974, e à frente da qual promoveu o Movimento da União das Comunidades de Língua Portuguesa. E manteve-se à frente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (hoje ISCSP), escola que ajudou a reformar introduzindo o estudo de diversas ciências sociais, até ser demitido pelo Governo de Marcelo Caetano em 1969. Regressou ao ISCSP em 1983, quando foi eleito presidente do Conselho Científico.

Em 1980, regressa à atividade política, integrando as listas do CDS nas legislativas daquele ano a convite de Freitas do Amaral e de Adelino Amaro da Costa. Em 1983 é eleito presidente do Conselho Nacional do CDS e em 1986 chega à liderança do partido, à frente do qual se mantém até 1988. No parlamento ficará 14 anos.

Apesar dos cognomes de “senador” e “histórico do CDS”, Adriano Moreira, diz preferir ser reconhecido como “académico”.

COM LUSA