Foram adiadas as demolições das casas ilegais construídas na praia da Raposa, na cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola. Os proprietários recorreram à justiça para impugnar o despacho da Agência Portuguesa do Ambiente que, no ano passado, tinha prometido deitá-las abaixo.
Passou um verão desde que foi dada a garantia que as dezenas de casas construídas à beira-mar em duna e arriba da praia da Raposa eram para deitar abaixo.
Em 1982, a direção da cadeia permitiu a construção de casas para funcionários da prisão. Nos seis anos seguintes ergueram-se mais de 20, algumas delas a escassos 80 metros da água.
Em 1995, o então diretor regional do ambiente identificava 20 construções sem autorização das entidades competentes. Uma década depois também a Agência Portuguesa do Ambiente reconhecia que estavam "em zonas de grande sensibilidade e importância ambiental".
Em 2016, a autarquia de Grândola fez o levantamento de todas as casas.
O acesso à raposa é difícil, só é possível através dos terrenos dos serviços prisionais. A praia está em terrenos do Ministério da Justiça onde, por vezes, se fazem treinos militares com fogo real.