A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) ganhou um financiamento europeu de 2,5 milhões de euros para estudar os chamados biofilmes, microrganismos que podem abrir a porta para o controlo, por exemplo, da legionella, de feridas crónicas e até de cáries.
A ideia não é apenas estudar os microrganismos isolados. É sobretudo compreender como vivem em sociedade, como interagem, como se organizam entre si e como comunicam. No fundo, conhecer a cidade onde vivem
Estas cidades de microrganismos envolvem-se numa matriz protetora para sobreviverem e protegerem-se do meio ambiente. Existem nas canalizações, tubagens e até no corpo humano, as cáries são disso exemplo.
A FEUP ganhou agora um financiamento para estudar os biofilmes e parte do projecto dirige-se ao estudo da legionella nas torres de arrefecimento.
Se a equipa de investigadores conseguir perceber o que torna a legionella mais infecciosa ou o que a leva a libertar-se dos biofilmes está a um passo de diminuir os riscos de novos surtos.
Dados mais recentes apontam para que 65% das infeções microbianas e 80% das infeções crónicas estejam associadas a estes aglomerados de organismos. Conhecê-los melhor é meio caminho para os poder controlar.