A Inspeção-Geral de Finanças detetou indícios de crime no caso do acolhimento dos refugiados ucranianos em Setúbal. As suspeitas podem envolver o atual e a ex-presidente da Câmara, que já disse estar disponível para colaborar com a justiça.
A Câmara de Setúbal, agora dirigida por André Martins, quer explicações da ministra da Coesão Territorial, que ordenou a investigação, para salvaguardar o bom nome. Porque, lembra, tinha tido até agora a informação de que o inquérito tinha sido arquivado.
À SIC, o Ministério explica que as investigações da Inspeção-Geral de Finanças deram, na verdade, origem a dois relatórios.
Um é o que tem indícios de crime - está nas mãos do Ministério Público e foi incluído no inquérito que já corria. O outro, que ficou pelo caminho, dizia apenas respeito a irregularidades internas, entretanto sanadas: o pagamento indevido de sete mil euros à associação e a acumulação de dois cargos da dirigente desta instituição.