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O que se passa com o Chega?

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Gabriel Mithá Ribeiro não é o primeiro a sair e a fazer um desabafo.

Demitiu-se do cargo o vice-presidente do Chega, depois de André Ventura o ter afastado da coordenação do gabinete de estudos. Gabriel Mithá Ribeiro faltou esta terça-feira a uma reunião com o partido por entender que não estão reunidas condições.

Membro da direção nacional e um dos ideólogos do partido, o deputado e responsável pelo programa eleitoral do Chega não terá gostado da decisão de Ventura e pediu a demissão imediata da direção.

Antes da demissão, Gabriel Mithá Ribeiro partilhou no Facebook um desabafo quanto ao rumo do partido, escrito por um membro da Comissão Política.

O grupo parlamentar do CHEGA está em funções há seis meses. Na área da justiça, a única coisa que fez foi apresentar propostas que aumentam as penas de prisão para certos crimes. São propostas avulsas que nada representam. Estou bastante dececionado

Mas Gabriel Mithá Ribeiro não é o primeiro a sair. São já quatro os membros do partido que pediram a demissão desde o início do ano.

O primeiro, Tiago Sousa Dias, era secretário-geral do partido. Pediu a renúncia em fevereiro, num anúncio em que disse não abdicar da “liberdade para pensar”.

Depois, em abril, foi o assessor Manuel Matias. Demitiu-se por ser pai da deputada Rita Matias, uma incompatibilidade denunciada pela Organização Transparência Internacional.

E no início de maio foi a vez de um dos próprios fundadores do partido, Nuno Afonso. Número 2 do partido, coordenador autárquico e vereador em Sintra, foi demitido de chefe de gabinete pelo presidente do partido, sem grandes justificações.

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