A Polícia Judiciária (PJ) deteve mais três suspeitos de pertencerem ao grupo criminoso indiciado por crimes de roubo agravado com ameaça de armas de fogo no interior de residências localizadas sobretudo em Cascais e Sintra, indicou hoje esta polícia.
Esta detenção foi feita no âmbito da operação "Casa de Partida" que deteve os três homens fora de flagrante delito, ambos são de nacionalidade estrangeira e têm idades entre os 18 e 22 anos.
A PJ assume que os homens têm "fortes suspeitas de integrarem as dinâmicas criminosas do grupo que efetuou cerca de duas dezenas de crimes de roubo agravado, com ameaça de armas de fogo no interior de residências localizadas sobretudo nos concelhos de Sintra e Cascais".
Os detidos serão submetidos a interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação consideradas adequadas.
Como é que este grupo age?
Na véspera, a PJ divulgou que vários homens tinham sido detidos por pertencerem a um grupo responsável por dezenas de crimes de roubo agravado com ameaça de armas de fogo no interior de residências, sequestro e uso de armas proibidas. De acordo com a Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ, este grupo criminoso "subtraiu quantias monetárias e objetos de valor que ascendem a várias centenas de milhares de euros".
Os primeiros sete homens a serem a detidos tinham todos nacionalidade portuguesa e idades entre os 19 e os 38 anos. O grupo era constituído por um "núcleo duro" composto por entre seis a oito pessoas e tinha "grande mobilidade geográfica e efetuava planeamento prévio sobre as residências que pretendiam abordar, praticando sempre os crimes com ameaça de arma de fogo".
A PJ esclarece que, por norma, os locais alvo de roubo eram abordados por vários assaltantes, entre três e cinco agressores, enquanto os restantes, em número nunca inferior a dois, se mantinham no exterior dos locais a efetuar segurança. Para se movimentarem utilizavam veículos próprios ou roubados nos assaltos.
A operação "Casa de Partida" teve a colaboração da GNR e dela resultou a apreensão de armas e outros meios usados nos assaltos, designadamente uma ferramenta usada para arrombamento, decorrendo ainda diligências para a recuperação de objetos, artigos de joalharia, quantias monetárias que tenham resultado da atividade criminosa do grupo.