O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que é melhor que tenha existido acordo para a construção do gasoduto do que não existir entendimento nenhum.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que as negociações estavam num beco sem saída e que esta foi a solução possível.
O responsável foi questionado pelos jornalistas sobre as críticas ao acordo alcançado esta semana entre Portugal, Espanha e França sobre as interconexões ibéricas, em concreto as do vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, que avisou que este acordo prejudica Portugal.
Escusando-se a comentar declarações de responsáveis políticos, o Presidente da República lembrou que se estava "num beco sem saída" uma vez que França, depois da mudança da presidência, "não aceitava qualquer tipo de interconexão".
Gasoduto entre Penísula Ibérica e França
O projeto foi acordado e anunciado por Portugal, Espanha e França, em Bruxelas, durante uma reunião dos líderes dos Governos dos três países.
António Costa, Pedro Sánchez e Emmanuel Macron decidiram avançar com um "Corredor de Energia Verde", por mar, entre Barcelona e Marselha (BarMar), em detrimento de uma travessia pelos Pirenéus (MidCat).
O calendário, as fontes de financiamento e os custos relativos à execução do corredor verde BarMar serão debatidos num novo encontro a três em dezembro, em Alicante, Espanha.