Em média, morrem por ano, em Portugal, 66 crianças e jovens, vítimas de acidentes. Apesar da mortalidade ter estabilizado na última década, a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI ) alerta para os números que podiam ser evitadas.
De acordo com o relatório de avaliação "30 anos de segurança infantil em Portugal" nas últimas três décadas houve uma diminuição significativa das mortes acidentais de crianças. Mas na última década os números estagnaram e a média de vítimas, por ano, continua a ser preocupante.
De acordo com Sandra Nascimento, da Associação Para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) que elaborou o relatório, estes dados ainda choca porque "o número ainda é muito grande (...) estamos falar de 66 crianças por ano, é muito, não é aceitável".
A maior parte das mortes são provocadas por acidentes rodoviários (59,7%), 3.393 jovens até aos 19 anos foram internados e 22.700 foram socorridos pelo INEM na sequência de acidentes. Em segundo lugar são os afogamentos (11,7%) e as situações de asfixia (8,3%) encontra-se em terceiro lugar entre as principais causas de morte.
A APSI defende a reativação do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes que terminou em 2020. E espera que haja do Governo uma estratégia interministerial integrada e que envolva também o poder local para reforçar o trabalho de prevenção que está a ser feito na saúde infantil.