O Ministério Público está a investigar o contrato para a construção de um centro de exposições em Caminha. O presidente da Câmara na altura era Miguel Alves, o atual secretário de Estado adjunto de António Costa. Em causa está um adiantamento de 300 mil euros a uma empresa. Ainda assim, a autarquia diz que não há nada de ilegal, mas a oposição exige esclarecimentos.
O contrato foi assinado em 2020, um negócio aprovado pela maioria socialista, mas que levantou dúvidas desde o início.
Em março de 2021, a Câmara presidida por Miguel Alves, agora secretário e Estado adjunto do primeiro-ministro, adiantava 300 mil euros ao futuro senhorio.
“A Câmara ficava presa a um contrato, 25 mil euros por mês, só para dar garantia a um privado. Ainda por cima, um privado que não ainda nem sequer tinha comprado terreno nenhum. As informações que nós temos é que os donos dos terrenos não chegaram a acordo, não quiseram vender os terrenos. Portanto, este contrato de arrendamento que foi feito não tem valor nenhum neste momento”, afirma a vereadora do PSD, Liliana Silva.
Os contornos do negócio foram revelados na quarta-feira pelo jornal Público. O Miguel Alves ainda não falou sobre o assunto e remeteu esclarecimentos para a Câmara Municipal.
À LUSA, Rui Lages, voltou a defender o projeto, dizendo é estratégico para o concelho e garante que já foram pedidos pareceres para uma nova localização.
A SIC pediu uma entrevista à autarquia, mas o pedido foi recusado.