Portugueses e Espanhóis uniram-se num projeto turístico transfronteiriço que reúne património e paisagem dos dois lados da fronteira a que chamaram Rota dos Moinhos de Água e dos Lameiros. O percurso, com 90 quilómetros, entre a zona de Bragança e Puebla de Sanábria inclui cerca de 20 antigos moinhos, fornos e lagares.
Este projeto de transformação e de valorização do património coloca à disposição de todos os interessados um vasto leque de infraestruturas, ao longo de 90 quilómetros.
O percurso une Bragança e Puebla de Sanábria, em Espanha, e do lado português é possível visitar nove moinhos “em bom estado de conservação”, diz Mário Gomes, presidente da União de Freguesias de Aveleda e Rio de Onor.
Acrescenta que alguns ainda funcionam tendo em vista “a produção de farinha para animais” mas que, no entanto, “podem produzir outros tipos de farinha”.
Esta rota possui ainda fornos e lagares comunitários, mas os planos futuros são de expansão do número de infraestruturas.
“Há ainda escolas e outros edifícios da junta que pretendemos transformar em centros interpretativos e centros etnográficos do percurso”, revela Mário Gomes.
Quatro casas florestais que se encontram ao abandono serão requalificadas e transformadas em casas de abrigo para turistas.
“É uma forma de promovermos a recuperação de um património muito interessante e, naturalmente, colocá-lo também à disposição deste projeto emblemático de valorização do território”, conta Sandra Sarmento do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
As aldeias portuguesas envolvidas são Rio de Onor, Varge, Aveleda e Guadramil. Já as localidades espanholas incluídas são Calabor, Pedralba de la Praderia e Riohonor