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Jovem acusado de matar italiano no Porto condenado a pena suspensa de quatro anos

Jovem acusado de matar italiano no Porto condenado a pena suspensa de quatro anos
Thicha Satapitanon/EyeEm/Getty Imagens

O juiz considerou que não houve legítima defesa, nem auxílio de terceiro, mas não deu como provada a intenção de matar.

Um dos irmãos gémeos, de 26 anos, acusado de tentativa de homicídio simples de turista italiano, em janeiro, no Porto, foi hoje condenado a quatro anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, e ao pagamento de nove mil euros à vítima.

Na leitura do acórdão, no Tribunal de São João Novo, no Porto, o juiz considerou que não houve legítima defesa, nem auxílio de terceiro, mas não deu como provada a intenção de matar.

Relativamente ao seu irmão, Diogo, acusado de ofensa à integridade física do italiano, o tribunal considerou "suficiente" uma pena de multa de 840 euros.

Os factos ocorreram a 28 de janeiro, cerca das 23:00, junto à estação de Campanhã, no Porto, quando a namorada do arguido Tiago se deslocou a uma caixa automática para levantar dinheiro.

Segundo as testemunhas, um homem começou a seguir a namorada de Tiago, tentando conversar, chegando a tocar-lhe no braço, ignorando os pedidos para que se afastasse.

Na sequência, o outro arguido, Diogo, acusado do crime de ofensa à integridade física - e que optou por não prestar declarações no julgamento -, tentou ajudar a namorada do irmão, dizendo ao cidadão italiano que se pretendia "droga ou mulheres", as fosse procurar noutro sítio.

Segundo contaram ao tribunal, o turista italiano, "aparentemente embriagado", assumiu uma "atitude de gozo e de desafio", tendo-se iniciado uma rixa entre os três, sem que ouvissem os apelos da rapariga para que parassem.

Tiago, que tinha sido recentemente operado às pernas, na sequência de um acidente de moto, acabou por agredir o italiano "com um pequeno canivete/porta-chaves", com uma lâmina de cerca de "quatro centímetros", para tentar ajudar o irmão.

Depois, segundo explicou Tiago, e as testemunhas do crime confirmaram em tribunal, foram-se embora, tendo o homem "ficado de pé, a fumar um cigarro", com o mesmo "ar de gozo".

A vítima, que sofreu três golpes, na zona da omoplata, um dos quais afetou a pleura pulmonar, deslocou-se alguns metros a pé para pedir ajuda.

A arma do crime não foi encontrada.

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