O primeiro-ministro, António Costa, felicitou, esta terça-feira, o novo comandante-geral da Guarda Nacional Republicana (GNR), o tenente-general Santos Correia, e considerou que os portugueses confiam e reconhecem "o enorme profissionalismo de todos quantos servem" na GNR.
Numa mensagem na sua conta na rede social Twitter, o líder do executivo referiu que presidiu na Praça do Comércio, em Lisboa, à cerimónia da tomada de posse do novo comandante-geral da GNR, tenente-general Santos Correia, a quem desejou "as maiores felicidades pessoais e profissionais nestas importantes e exigentes funções".
"Os portugueses confiam na GNR e de norte a sul, justificadamente. Reconhecem o enorme profissionalismo de todos quantos, pela Lei e pela Grei, nela servem com abnegação e sentido do serviço público", acrescentou António Costa, após uma cerimónia que durou cerca de 40 minutos e que contou com as presenças dos ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e da Defesa Nacional, Helena Carreiras.
No seu discurso, o ministro da Administração Interna anunciou que está previsto admitir cerca de 1.000 novos militares para a GNR no próximo ano, no âmbito da política do "reforço de efetivos" e de rejuvenescimento das forças de segurança.
José Luís Carneiro defendeu que o Governo, no âmbito do Orçamento do Estado para 2023, assumiu "como prioritária a valorização profissional e técnica dos recursos humanos das forças e serviços de segurança e das suas condições para o exercício da atividade e a criação de melhores condições para a cabal missão" através da execução da lei de programação de infraestruturas e equipamentos.
"No que concerne à GNR, para além do esforço no sentido de serem gradualmente melhoradas as condições salariais dos seus militares, afigura-se de sublinhar, no quadro de uma política nacional de reforço de efetivos das forças e serviços de segurança, a medida de rejuvenescimento, expresso na admissão de cerca de 1.500 novos guardas durante o ano de 2022, havendo a expectativa de admitir mais de 1.000 guardas em 2023", precisou o membro do executivo.
José Luís Carneiro avançou também que está previsto e autorizado "um investimento superior a 600 milhões de euros destinados a modernizar as infraestruturas, materiais e tecnológicas, dando melhores condições de dignidade fundamentais ao sucesso operacional" da GNR.
O titular da pasta da Administração Interna referiu igualmente conta que a habitação é "um dos compromissos para com os militares da GNR e uma prioridade no Plano de Recuperação e Resiliência", estando previsto investir com os serviços sociais da GNR "um valor que ascende a 5,8 milhões de euros em centenas de habitações para os militares da Guarda, num processo em que estão envolvidas várias autarquias do país".
As promessas do novo comandante-geral da GNR
Santos Correia substituiu o tenente-general Rui Clero, que estava no cargo desde julho de 2020 e está de saída do comando-geral da GNR por atingir o limite de tempo no posto oficial general. O novo comandante-geral tem 61 anos e 43 de serviço.
O tenente-general Santos Correia será o último general do Exército a comandar esta força de segurança, dando depois lugar, pela primeira vez, a um dos oficiais generais formados na GNR. No seu discurso, prometeu zelar com determinação "pelos direitos humanos repudiando o racismo e xenofobia ou comportamento que atente contra a dignidade humana”.
Quando Rui Clero tomou posse em 2020 um dos destaque dos discursos foram os primeiros-oficiais generais da corporação que em breve chegariam ao topo da hierarquia e, na altura, era expectável que fosse o último general do Exército a liderar esta polícia, mas tal não aconteceu.