O comandante da Polícia Marítima de Póvoa de Varzim/Vila do Conde, Ferreira Teles, já depois do corpo da militar desaparecida na madrugada desta sexta-feira ter sido encontrado, explicou que seria “muito perigoso qualquer pessoa entrar na água”.
A Proteção Civil “tudo fez para tentar recuperar o corpo com vida, [mas] infelizmente não foi possível”, garante, acrescentando que foi feito um trabalho para “tentar que nenhum popular se entusiasmasse ou num espírito de bem servir e querer apoiar tentasse retirar o corpo de dentro de água”.
“No mínimo conseguimos recuperar o corpo, que a confirmar-se a família poderá fazer o seu luto.”
Perante este cenário, o comandante deixou um aviso à população em geral para não se aproximar da beira-mar quando o mar está agitado.
“Cabe-nos a nós, enquanto cidadãos, fazer uma análise de risco e pensarmos (…) se vale a pena arriscar fazer um passeio na orla marítima quando o mar está alterado."
O corpo da jovem militar de 20 anos foi encontrado sem vida ao início da tarde desta sexta-feira. A militar desapareceu depois de ter entrado no mar com outros sete jovens militares em formação na Escola dos Serviços da Póvoa de Varzim.
Era para ter sido uma noite de festa e convívio. Quatro homens e quatro mulheres, todos na casa dos 20 anos, decidiram esta madrugada, quando as ondas atingiam os quatro metros e havia alertas da Autoridade Marítima Nacional, ir à beira-mar.
Mas pelas 4:48 chegou o alerta. Segundo o Exército, os oito militares "saíram de um estabelecimento de diversão noturna, onde se deslocaram para convívio social, e decidiram ir até junto da linha de água da praia da Lagoa na Póvoa de Varzim", tendo sido arrastados por uma onda.
Sete conseguiram regressar a terra, mas uma jovem, de 20 anos, continuou desaparecida. O corpo foi agora encontrado.
Em comunicado, o Exército já informou que foi instaurado “imediatamente um processo de averiguações” ao incidente desta madrugada e que está já a “prestar apoio psicológico aos militares envolvidos no incidente e aos familiares da militar desaparecida”.