As instituições da União das Misericórdias começaram a receber pessoas que tinham tido alta, mas que continuavam nos hospitais por falta de alternativa. A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde para libertar as camas nas enfermarias.
A ausência de família, o afastamento da família ou a falta de recursos económicos são algumas das razões para o abandono de pessoas nos hospitais.
O Governo anunciou que vai colocar estes casos sociais, que têm alta hospitalar, em instituições adequadas de forma a libertar a pressão das enfermarias.
"Muitas vezes o que acontece no serviço de urgência não é só no serviço de urgência, é a pressão que já existe na enfermaria do hospital, que não pode receber mais doentes e tudo isto tem de ser tratado com fluidez", justifica Manuel Pizarro.
A União das Misericórdias alega que o acordo assinado com o Estado em 2020 carecia de diálogo, que foi agora retomado. Registam-se, assim, pelo menos 200 vagas na União das Misericórdias e as transferências estão a realizar-se.
Os casos extremos exigem um esforço financeiro do Estado, isto significa que o Estado paga.
Em vários hospitais de Norte a Sul do país contam-se cerca de 500 casos sociais.