O ex-presidente da Câmara de Montalegre Orlando Alves passou esta terça-feira para prisão domiciliária, depois de lhe ter sido decretada a prisão preventiva a 31 de outubro no âmbito das investigações da operação Alquimia, disse fonte judicial.
O ex-autarca foi detido a 27 de outubro pela Polícia Judiciária (PJ), conjuntamente com o ex-vice-presidente da autarquia David Teixeira e o chefe da divisão de obras daquele município do distrito de Vila Real.
No dia a seguir à detenção os dois autarcas socialistas renunciaram aos cargos e, no dia 31 de outubro, o Tribunal de Instrução Criminal do Porto decretou a prisão preventiva a Orlando Alves.
Uma fonte judicial disse à agência Lusa que o ex-presidente passou esta terça-feira para prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, ficando em casa de um familiar fora do concelho de Montalegre.
Orlando Alves, David Teixeira e o funcionário foram detidos no âmbito da operação Alquimia pela suspeita dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio.
Na altura, a PJ explicou, em comunicado, que a investigação versa sobre "um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros".
Depois de terem sido presentes no tribunal, o ex-vice-presidente e o chefe da divisão de obras tiveram de pagar caução e ficam obrigados a não permanecer no concelho de Montalegre sem autorização.