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20% da comunidade académica sofreu ou testemunhou assédio nas universidades

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Em abril, dezenas de estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa exigiam mais medidas para travar abusos que, segundo dizem, existem há anos. Um estudo feito pela Federação Académica de Lisboa vem dar-lhes razão.

Vinte em cada 100 professores, funcionários ou alunos das universidades de Lisboa sofreram ou testemunharam situações de assédio. As conclusões são de um estudo da Federação Académica de Lisboa.

De acordo com a Federação, 13% dos inquiridos já foram vítimas e 7% já testemunharam casos de assédio. A percentagem de vítimas aumenta quando se isola o género feminino - sobe para 17%, a maioria são estudantes e ganha destaque o assédio sexual.

Há também diferenças no tipo de assédio quando se faz uma distinção entre alunos, docentes e funcionários.

“Identificámos vários tipos de assédio, os dois principais são moral e o sexual, empatados com 44%. Quando isolamos, por exemplo, os docentes, investigadores e trabalhadores administrativos a componente do assédio moral sobe”, disse João Machado, Presidente da Federação Académica de Lisboa.

A maioria dos inquiridos que se queixaram não estão satisfeitos com a condução do processo. Por isso, a Federação propõe que sejam criados mecanismos de denúncia no Ensino Superior que garantam o anonimato e que permitam perceber tendências.

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