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Morte de recém-nascido no hospital de Gaia: quatro médicos acusados de homicídio por negligência

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O caso remonta a 2019.

O Ministério Público acusa quatro médicos do hospital de Gaia de homicídio por negligência no caso da morte de um recém-nascido.

O caso ocorreu a 12 de setembro de 2019: cerca de cinco horas depois do nascimento, um bebé acabou por falecer no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho. O Ministério Público acredita que quatro médicos de ginecologia e obstetrícia foram negligentes por não terem avançado com a realização de cesariana em tempo útil.

A procuradoria entende que a opção foi desadequada face aos dados fornecidos pela ecografia CTG. A acusação indica que a realização de manobras de reposicionamento da mãe, durante um trabalho de parto que durou cerca de uma hora, aumentou de modo significativo a hipótese de desfecho desfavorável para o feto.

O bebé acabaria por morrer devido a encefalopatia hipóxica-isquémica, uma drástica redução no fluxo de oxigénio.

O Ministério Público acusa os quatro médicos de homicídio por negligência na forma grosseira, considera que estes agiram com falta do dever de cuidado que era exigível, que cometeram erros de diagnóstico e agiram de forma contrária às boas práticas clínicas.

Contactado pela SIC, o hospital esclarece que, em 2019, abriu um inquérito para apurar os acontecimentos. O instrutor nomeado – externo e independente do hospital – propôs então o arquivamento do processo.

O centro hospitalar refere que prestou apoio psicológico à família e apostou recentemente na melhoria das condições e segurança que oferece aos utentes.

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