O presidente da Câmara de Condeixa foi condenado em primeira instância por participação económica em negócio quando era dirigente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ). O autarca, que vai recorrer, demitiu-se da liderança da federação distrital do PS, apesar do PSD local querer que também deixasse a Câmara.
Nuno Moita foi condenado a uma pena suspensa de quatro anos no passado dia 5 de janeiro pelo crime de participação económica em negócio. Na altura dos factos, entre 2010 e 2012, era vice-presidente do IGFEJ.
Inicialmente, o juiz de instrução criminal mandou arquivar o processo, mas o recurso do Ministério Público teve provimento, levando ao julgamento. O tribunal considerou que o agora autarca de Condeixa terá beneficiado empresas do concelho.
Eleito em novembro para um mandato como líder da federação distrital do PS, acabou por pedir a demissão do cargo. O PSD local queria a mesma atitude para a autarquia.
Nuno Moita diz que não se demite. Está no último mandato e garante que vai cumprir até ao fim. Até porque, diz, o cargo partidário e o autárquico são diferentes.
Apesar do Ministério Público ter requerido o impedimento do exercício de funções públicas, o acórdão lido na passada quinta-feira acabou por rejeitá-lo.