António Costa prometeu uma maior estabilidade aos docentes. Os líderes da oposição criticaram as palavras do primeiro-ministro e apontam também o dedo ao Ministro da Educação, João Costa.
“Em momento algum ficou previsto na descentralização qualquer transferência de competências para os municípios, é uma óbvia fantasia”
"Uma óbvia fantasia" é como António Costa descreve a preocupação dos sindicatos na possibilidade das autarquias poderem interferir nas contratações dos professores. O primeiro-ministro fala de um novo modelo de vinculação dos professores para combater a precariedade.
O PSD e o Bloco de Esquerda criticam a posição do governo e a inércia de João Costa.
“Ontem assistimos à conferência de imprensa do ministro da Educação e procurou virar a sociedade contra o professor”, acusou Margarida Balseiro Lopes, do PSD.
“Nós ouvimos o ministro da Educação a dizer compreendo a reivindicação dos professores e a dizer o que quer eventualmente fazer. O problema é que não vemos ações concretas”, alertou Catarina Martins, do Bloco de Esquerda.
Em entrevista à SIC Notícias, Rui Tavares do Livre disse que os sindicatos também devem ter um papel ativo nas negociações…
“Os sindicatos também tem de participar e participar com ideias acerca do destino do ensino em Portugal. É bom protestar e reinvindicar mas também é bom apresentar uma visão ao país”.
Uma alteração ao estatuto da carreira docente é a proposta do Chega. No projeto lei apresentado neste sábado, o partido liderado por André Ventura quer que os professores que tenham, pelo menos, 60 anos de idade e 36 anos de exercício efetivo de funções possam pedir a aposentação antecipada.
"Destas negociações não vai resultar uma reforma do ensino que é aquilo que estamos à procura. Sentimos que isso não está a acontecer", disse Gabriel Mithá Ribeiro.
O Governo promete continuar as negociações com os diferentes sindicatos da educação durante a próxima semana.