O Oceanário de Lisboa está a reproduzir corais vindos da Austrália. É um contributo para evitar a extinção destes organismos marinhos cada vez ameaçados pelas alterações climáticas.
Passa os dias a ver a evolução e a tentar garantir que o processo é bem-sucedido. Desde 2021 que Elsa Santos se dedica ao processo de reprodução sexuada de corais que foram trazidos da Austrália.
Só é feito em três sítios no mundo. O Oceanário de Lisboa é um deles. É feito em ambiente controlado.
A recolha das células sexuais dos animais marinhos só pode ser feita uma vez por ano, depois de uma noite de lua cheia e quando a temperatura atinge os 27 graus.
A taxa de sucesso da fertilização das células é superior a 90%. Através da variedade genética, o projeto permite a expansão de algumas espécies de corais que estão em risco de extinção.
O aumento da temperatura da água está a fazer com que as algas produzem oxigénio a mais.
Os corais acabam por expulsá-las e ficam, assim, sem o que comer. Na grande barreira de coral da Austrália, a maior do mundo, muitos dos corais estão mortos por causa disso.
Os recifes de coral correspondem apenas a 0,2% do fundo dos oceanos, mas acolhem 25% de toda a biodiversidade marinha.