O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, afasta que as polémicas relacionadas com os custos das Jornadas Mundiais da Juventude manchem a imagem de Portugal e defende que o país vai ter um "enorme benefício" com o evento. Garante ainda que o Parlamento vai fiscalizar a ação do Governo e das autarquias.
Questionado sobre se a imagem de Portugal fica manchada, Augusto Santos Silva responde prontamente: "De forma alguma". O responsável considera também que não há contestação social.
"Sobre o ponto que interessa ao Parlamento, que é a dimensão e o significado global, não vejo nenhum outro sentimento na população portuguesa que não a alegria de ter as jornadas".
Em declarações aos jornalistas durante uma visita à sede da Fundação das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em Lisboa, salienta que a prática religiosa "merece todo o respeito".
“Estarem, provavelmente, um milhão e meio de jovens de todo o mundo, de mais de uma centena de países, reunidos em Portugal tem em si um significado acrescido para o Parlamento português”.
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O presidente da Assembleia da República acrescenta que está a trabalhar para aprofundar formas de cooperação com os jovens:
"Podemos aproveitar para a mobilização de jovens em Lisboa e Loures para que a mobilização seja, além de religiosa, seja cívica, assim como a preocupação dos problemas globais do mundo, como oceanos, paz, segurança, ambiente, preservação da biodiversidade, etc.".
Augusto Santos Silva refere ainda que "todas as análises de custo-benefício" mostram um "enorme benefício para Portugal".
"Todas as análises custo-benefício que eu conheço mostram evidentemente um enorme benefício que Portugal vai ter desta realização em todas as dimensões".
A visita do responsável pela Assembleia da República visitou a sede da entidade organizadora no dia em que se assinalam quatro anos do anúncio que Lisboa ia receber as JMJ.
As Jornadas Mundiais da Juventude vão decorrer de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.