Manuel Carvalho da Silva confessa que não conhecia a capacidade de António Costa de acelerar para o precipício, mas considera que o primeiro-ministro ainda pode fazer ajustes necessários para levar a legislatura até ao fim. Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, o antigo secretário-geral da CGTP diz ainda que o maior erro do Presidente da República é querer assumir-se como representante de todas as instituições.
Depois de ter deixado a liderança da CGTP há 11 anos, continua atento ao atual momento político.
Manuel Carvalho da Silva acredita que o primeiro-ministro ainda pode fazer os ajustes necessários para levar a legislatura até ao fim, mas confessa que está surpreendido com a rápida evolução da maioria de António Costa.
À lista de fragilidades do Governo acrescenta a ausência de uma visão estratégica e defende que a bandeira das contas certas não é mais do que um eufemismo do PS para políticas de austeridade.
Em entrevista ao JN e à TSF, o ex-sindicalista sublinha que o foco da ação política devia estar nos grandes bloqueios do país, como a pobreza, a desvalorização de salários ou a demografia e lamenta que o Presidente da República não ajude muito nessa missão.
Carvalho Silva recusa que a FENPROF tenha perdido a capacidade de liderar os protestos e desvaloriza o fenómeno do STOP, que encara como normal.