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"Portugal não é de Moscovo": o que foi lembrado no jantar dos 50 anos do PS

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No discurso dos 50 anos do Partido Socialista, António Costa avisou que haverá sempre "uma guerra pela frente para travar". A atual, disse, é o populismo.

O jantar de celebração dos 50 anos do Partido Socialista (PS) ficou marcado por críticas de António Costa ao secretário-geral do PSD. O primeiro-ministro diz que o principal partido da oposição “tem inveja” do ADN do PS e que há uma nova ameaça que é preciso combater: o populismo.

Presentes no pavilhão Carlos Lopes, onde em janeiro de 1975 se realizou o comício contra a unicidade sindical, estiveram também o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe Gonzalez e do atual chanceler alemão Olaf Scholz.

Um local que serviu para Costa reivindicar que o PS é desde essa altura o partido da social democracia em Portugal.

“O PS começou a crescer na rua e a afirmar-se naquilo que era o partido da esquerda democrática, o partido da social democracia em Portugal. O partido do socialismo em liberdade, o partido que dizia: ‘Portugal é do povo. Portugal não é de Moscovo’”, declarou.

E Felipe González acrescentou: “Garanto-vos que quem perde a memória do sítio de onde vem não é capaz de construir futuro”.

A memória a que veio apelar o histórico chefe do governo espanhol serviu depois a António Costa para reerguer a bandeira do PS contra a extrema-direita.

“Vamos sempre ter uma guerra pela frente para travar. Hoje já não há uma ditadura que nos persegue, mas há um populismo que ameaça a democracia e que temos de combater”, defendeu António Costa.

No dia em que decidiu emendar em público uma verdade do antigo líder José Sócrates, o secretário-geral do PS explicou que afinal a primeira maioria absoluta rosa tem outro dono: Eduardo Ferro Rodrigues.

“Às vezes esquecemo-nos que foi mesmo com Eduardo Ferro Rodrigues que o PS teve a primeira maioria absoluta da sua história nas eleições europeias de 2004. Tivemos uma vitória estrondosa”, concluiu.

O atual primeiro-ministro não o disse, mas está implícito um segundo nome escondido atrás de Ferro Rodrigues: o do próprio António Costa que foi o primeiro eleito na lista do PS nessas eleições Europeias, depois da morte do cabeça de lista Sousa Franco durante a campanha eleitoral.

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