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Obrigação do dístico do seguro no vidro do carro pode ter os dias contados

Obrigação do dístico do seguro no vidro do carro pode ter os dias contados
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Um projeto da Iniciativa Liberal para eliminar a obrigação de afixar no vidro do carro o dístico do seguro automóvel, bem como com as coimas associadas, foi aprovado, na generalidade. Mas nem todos os partidos votaram a favor.

O projeto da Iniciativa Liberal (IL) contou, esta sexta-feira, com os votos favoráveis do PS, PCP, IL, Bloco de Esquerda e PAN. O Chega votou contra e PSD e Livre abstiveram. A intenção é pôr fim à obrigação de afixar, no vidro do carro, o dístico do seguro. O primeiro passo para revogar os artigos da lei está dado, mas a mudança, a acontecer não será para já.

"Num contexto histórico de fortes restrições financeiras não vemos como proporcional ou justificado que o Estado cobre centenas de euros apenas pelo esquecimento de um simples papel que apenas transmite informações que já se encontram na posse de quem autua", refere a IL na exposição de motivos do projeto que revoga os artigos da legislação que atualmente obrigam os automobilistas a afixar o dístico do seguro, bem como as coimas respetivas.

Recorde-se que, na lei ainda em vigor, estabelece que constitui contraordenação "a circulação do veículo sem o dístico [que identifique seguradora, número da apólice, matrícula do veículo e validade do seguro]", sendo esta punida com uma coima de 250 a 1.250 euros.

Os deputados aprovaram, também na generalidade, com os votos a favor do PSD, Chega, IL, Bloco de Esquerda, PAN e dos deputados do PS João Paulo Rebelo e Alexandra Leitão, e a abstenção do PS, PCP e Livre, um projeto de resolução da IL que recomenda ao Governo que nenhum organismo público possa exigir um documento emitido por outro organismo público.

O objetivo é levar à criação de um processo que permita a comunicação entre organismos públicos para obtenção desses documentos.

Estes projetos da IL vão agora ser discutidos na especialidade para voltarem, posteriormente, a ser debatidos e votados na generalidade.