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Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia nega "cunha" a ministro da Saúde

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Em declarações à SIC, Eduardo Vítor Rodrigues admite a existência de um pedido direto de Manuel Pizarro, que terá sido negado. Diz, no entanto, que não se recorda da conversa com o ministro da Saúde.

O presidente da Câmara Municipal de Gaia garantiu que não se lembra de conversar com o ministro da saúde, Manuel Pizarro, que está a ser investigado pelo Ministério Público por suspeitas do crime de prevaricação e abuso de poder em conjunto com o autarca.

Em declarações à SIC, Eduardo Vítor Rodrigues admite, no entanto, a existência de um pedido direto de Manuel Pizarro para entrar na Câmara, que terá sido negado.

“Não me recordo da conversa, só do pedido que o próprio me fez, de que gostava de vir para a Câmara Municipal, quando já era funcionário público e uma pessoa importante no partido [PS]. A gestão municipal tem que ser feita com um quadro de referência e não um quadro de partidarite. Disse que não havia margem para mobilidade entre órgãos e recusei a hipótese".

Autarca terá criado posto de trabalho a pedido do ministro

As suspeitas do Ministério Público (MP) são de que o presidente da Câmara Municipal de Gaia terá criado um posto de trabalho a pedido de Manuel Pizarro, então eurodeputado e vereador na autarquia.

De acordo com o MP, avançado pelo Observador, Eduardo Vítor Rodrigues terá pedido ao grupo que detém o JN, DN e TSF, a Global Media, que fossem escritas notícias que promovessem a atuação da Câmara de Gaia e do próprio presidente.

O Ministério da Saúde referiu, em resposta à RTP, que o ministro não foi contactado no âmbito do inquérito em causa e que desconhece as referidas imputações.

PJ realizou buscas na Câmara de Gaia

Recorde-se que, no âmbito da operação Babel, a Câmara de Gaia foi ao longo da semana alvo de buscas da Polícia Judiciária. O vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Miguel Vieira Azevedo, e outras seis pessoas, foram detidas. No total, foram efetuadas 55 buscas domiciliárias e não domiciliárias.

Em causa estão crimes de corrupção, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem no favorecimento de grupos imobiliários, “na ordem dos 300 milhões de euros”, segundo a PJ.

O presidente da Câmara de Gaia também foi constituído arguido, mas em outro processo, que diz respeito à contratação dos CTT para a distribuição da revista municipal.

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