Na região do Médio-Tejo surgiu um projeto pioneiro para alertar os mais novos sobre as dificuldades do daltonismo. A iniciativa pretende sensibilizar mais de duas mil crianças do 1.º ciclo de escolaridade.
Ver o mundo a preto e branco, não saber reconhecer um sinal vermelho ou não identificar o brilho numa cor são dificuldades pelas quais passam diariamente as mais de 350 milhões de pessoas diagnosticadas com daltonismo.
É uma condição sobretudo genética e para a qual os mais novos são sensibilizados, através de uma experiência: colocar uns óculos especiais, agarrar nos lápis de cor e tentar desenhar o mundo sem ver as cores.
Tudo funciona através do ColorADD, um sistema de código que funciona como o alfabeto das cores. Difundido por todo o mundo, nasceu em 2010 pelas mãos do português Miguel Neiva e pretende ser uma resposta de inclusão para as pessoas daltónicas.
As ações de sensibilização para o daltonismo nasceram de um projeto piloto levado a cabo pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e pretendem sensibilizar mais de 2000 crianças do 1.º ciclo de escolaridade.
Criado em 2021, o projeto já chegou aos concelhos de Constância, Tomar e Torres Novas, mas o objetivo é chegar aos 13 concelhos do Médio-Tejo, num total de 80 escolas.
Além da sensibilização, nas ações é também realizada uma testagem às crianças para a deteção precoce de possíveis casos de daltonismo.