Há 5 anos que os alunos da licenciatura em dança da Escola Superior, em Lisboa, esperam pela prometida escola nova.
Em 2018 e apenas num mês, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior decidiu que o Palácio Marquês de Pombal, no Bairro Alto, no centro histórico de Lisboa, não apresentava condições de segurança para alunos e professores.
Obrigados a ir para o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), esperam agora que as antigas instalações sejam vendidas para, com esse dinheiro, começar as obras da futura escola nova, no Campus do Politécnico de Lisboa, na freguesia de Benfica.
O valor mínimo de venda é de dez milhões de euros, mas, apesar do espaço ter sido visitado por potenciais compradores, ninguém apresentou proposta, no dia 24 de fevereiro, inicialmente marcado para a sessão pública de abertura das propostas.
Dois dias antes, o ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior garantia à SIC que a venda não estava fechada porque ainda decorriam negociações entre o Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) e o IHRU, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana que é tutelado pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação.
Nesse esclarecimento, o Ministério do Ensino Superior vai ainda mais longe ao afirmar, dois dias antes da sessão pública para a abertura das propostas de compra, que só não aconteceu porque não apareceram propostas, acrescentando que estava em cima da mesa a possibilidade do imóvel à venda poder, afinal, integrar a bolsa de imóveis do Estado e assim ser convertido em habitação pública para arrendamento a custos acessíveis.
"A Dança da Espera" é a Reportagem Especial deste sábado e mostra, em exclusivo, o estado das instalações antigas da escola e os planos para o futuro.